Por que o processador do celular são “inferiores” aos do PC?

Celular-Vs-PC

Processadores. Eles são um dos centros nervosos da era digital. Afinal, tudo passa por eles: não importa se estamos falando de computadores, smartphones e outros gadgets digitais. Mas, não dá para generalizar: processadores são bem diferentes entre si. Vamos dar uma olhada em duas grandes famílias: de um lado os chips que controlam os micros, de outro os processadores que turbinam os smartphones. Esses últimos, aliás, ganharam uma novidade super interessante há pouco tempo: pesquisadores do MIT – o famoso Instituto de Tecnologia de Massachussetts – anunciaram um processador para smartphones com nada menos que 168 núcleos! Agora, vamos às diferenças entre eles.

O primeiro ponto a ser avaliado é que os dois tipos de processadores – ARM nos dispositivos móveis e x86 nos fixos – trabalham para resolver problemas distintos; embora haja muita semelhança na tecnologia usada pelos dois.

Já no processador x86 – aquele dos computadores, servidores, etc. – o maior objetivo é performance pura; muito mais do que qualquer eficiência energética. Além da arquitetura diferente, o chips para computador lançam mão da computação homogênea. Já os chips para smartphone apostam na computação heterogênea…

Já nos processadores móveis, os ARM, não é possível agir da mesma forma – afinal, eles precisam consumir menos energia, esquentar pouco, serem menores e mais baratos também. Aí entra a computação heterogênea.

E os núcleos!? Os núcleos são pequenos processadores dentro do chip principal. Aparelhos com mais de um núcleo têm a capacidade de dividir tarefas. Isso significa tanto executar um aplicativo mais rápido ou rodar diversas aplicações ao mesmo tempo. Os processadores ARM normalmente precisam de mais núcleos; já os x86 utilizam outros recursos para melhorar sua performance.

Dá para comparar os dois? Difícil. Olhar simplesmente números não diz muita coisa. Mais do que isso, é complicado colocar na mesma mesa duas coisas completamente diferentes. Mas, evidentemente, se olharmos apenas para a, digamos, força bruta de cada um, tem um vencedor…

Ganhar eficiência nesse mundo pode significar milhões e até bilhões de dólares. Justamente por isso, os fabricantes dos diferentes processadores estão numa corrida constante em busca de mais performance. No pano de fundo dessa disputa está a pergunta: será que os dispositivos móveis vão, algum dia, ser capazes de aposentar os computadores? O tempo dirá.

Veja a matéria no vídeo abaixo:

Via: Olhar Digital